Senhores Atenienses, Ouçam!

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segunda-feira, 1 de agosto de 2011

O SAUDÁVEL PONTO DE INTERROGAÇÃO QUE AMY NÃO EXPERIMENTOU


As perguntas são mais importantes do que as respostas. Sem perguntas não há respostas. A arte de fazer perguntas é a didática por excelência.

As perguntas podem fazer emergir a ignorância, o equívoco e a soberba, até então cuidadosamente escondidos. Podem causar uma bem-aventurada confusão mental temporária, necessária e terapêutica. Podem provocar pausa, introspecção e auto-análise. Podem abrir caminhos para mudanças profundas e definitivas, tanto no pensamento como na ação.

O livro O Princípio Esperança (Contraponto Editora), de Ernst Bloch (1885-1977), começa com cinco perguntas “secas, diretas e essenciais”: “Quem somos? De onde viemos? Para onde vamos? Que esperamos? O que nos espera?” A pessoa que der atenção a essas perguntas será ricamente  recompensada.

A pedagogia do questionamento é convincente nas Sagradas Escrituras. Deus não deu nenhum sermão ao homem logo após a queda. Apenas lhe fez perguntas. E que perguntas! Foram três: “Onde você está? Quem lhe disse que você estava nu? Você comeu do fruto da árvore da qual lhe proibi comer?”

Deus usou a mesma didática com Caim, antes de ele matar Abel: “Por que você está furioso? Por que se transtornou o seu rosto? Se você fizer o bem, não será aceito?” Depois de Caim ter rejeitado o caminho do bem e assassinado o irmão, veio a pergunta: “Onde está seu irmão Abel?” (Gn 4.6-9.)

O profeta Jonas foi sabatinado à exaustão. A tripulação do navio que o levava a Társis quase o sufocou com tantas perguntas: “Quem é o responsável por esta calamidade [o mar revolto]? Qual é a sua profissão? De onde você vem? Qual é a sua terra? A que povo você pertence? O que foi que você fez? O que devemos fazer com você, para que o mar se acalme?” (Jn 1.8-11).

As perguntas bem feitas e curativas em geral são altamente desconcertantes. Jesus era mestre nas perguntas incômodas. Ele fechava a boca dos outros e os deixava envergonhados manobrando com jeito o ponto de interrogação. Ao único leproso que voltou para agradecer a bênção da cura, o Senhor perguntou: “Não foram purificados todos os dez? Onde estão os outros nove? Não se achou nenhum que voltasse e desse louvor a Deus, a não ser este estrangeiro?” (Lc 17.17-18). Aos apóstolos que discutiam entre si para saber qual deles era o maior, Jesus fez apenas uma “inocente” pergunta: “O que vocês estavam discutindo no caminho?” (Mc 9.33.)

Além das perguntas contidas nas Escrituras e das perguntas que pessoas inteligentes e caridosas nos fazem, nós mesmos podemos nos perguntar muitas coisas, para o nosso próprio bem, a exemplo do teólogo alemão Dietrich Bonhoeffer, que se opôs ao nazismo e morreu enforcado pelo regime exatamente há 60 anos: “Quem sou eu? Este ou aquele? Sou hoje este e amanhã um outro? Sou ambos ao mesmo tempo? Diante das pessoas um hipócrita? E diante de mim mesmo um covarde queixoso e desprezível?”

Martyn Lloyd-Jones também fez algumas perguntas embaraçosas, como: Qual o nosso desejo supremo? Procuramos resultados terrenos e carnais? Temos sede e fome de quê? De riqueza, dinheiro, categoria, posição, publicidade?

Certamente Amy Winehouse se fez algumas perguntas ao longo dos seus 27 anos. Talvez, ela não conseguiu fazer perguntas que a levasse ao encontro com a realidade metafísica, revelada nas Escrituras, assim ficou presa no seu entorpecimento alucinatório terrenal. A morte foi um detalhe, quando comparada a morte eterna sob a ira divina eterna. 

Um comentário:

  1. Graça e paz irmão. =)

    Me desculpe estar lhe falando sobre isso aqui, por um comentário. Mas rogo encarecidamente ao irmão, que nos ajude a divulgar um texto intitulado "Manifesto Cristão" que vai no link abaixo.

    http://aounicodeusverdadeiro.blogspot.com/2011/07/manifesto-cristao.html

    O texto é apenas uma adaptação de vários textos de autores Cristãos. A intenção é apenas levar esta palavra ao maior número de pessoas possível. Isso é um manifesto contra o evangelicalismo moderno, que tem enganado muitas pessoas e desonrado ao nosso amado Senhor Jesus.

    Leia o texto, e se achar pertinente postar em seu blog, ficarei imensamente honrado e agradecido. Se conhecer outras pessoas ou blogueiros que possivelmente se interessariam em divulga-los, seriam maravilhoso também. Se você não quiser, não precisa citar fonte nem nada desse tipo. Só a publicação do conteúdo, para o conhecimento das pessoas, já seria uma benção sem tamanho.

    Desculpe qualquer incômodo. Desde já, grato pela atenção. =D

    Pode apagar esse comentário.

    Victor Silva

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