Senhores Atenienses, Ouçam!

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segunda-feira, 8 de agosto de 2011

MANIFESTO CRISTÃO



A maior parte do cristianismo evangélico hoje é fundamentado em clichês. A maior parte do nosso cristianismo vem de músicos que se dizem cristãos, e não da bíblia. A maior parte do que os evangélicos acreditam é ditado pela cultura secular e não pela escritura. 

Poucos são os que encontram a porta estreita. Consequentemente, as ideias mais populares possivelmente não são os conceitos mais próximos da verdade bíblica. Nos dias de hoje, desconfie de qualquer “Best-seller”. Desconfie de qualquer um que for sucesso ou um furacão de vendas, simplesmente porque a genuína verdade cristã jamais foi e nunca será “digerida” pelas massas. A maior prova disso, é que mataram o seu autor. Se caiu no gosto da maioria é falso. Lembre-se, Jesus se referiu aos seus verdadeiros seguidores como “pequenino rebanho”.

A apostasia que a Bíblia nos advertiu que seria evidente nos últimos dias já está em pleno andamento. Somente aqueles que se mantiverem firmes a Palavra de Deus serão protegidos e salvos. Este remanescente de crentes fiéis será visto como pessoas antiquadas e de mentalidade fechada. 

A natureza da salvação de Cristo é deploravelmente deturpada pelo evangelista moderno. Eles anunciam um Salvador do inferno ao invés de um Salvador do pecado. E é por isso que muitos são fatalmente enganados, pois há multidões que desejam escapar do Lago de fogo, mas que não têm nenhum desejo de ficarem livres de sua pecaminosidade e mundanismo. Sem santificação ninguém verá o Senhor.

Os Evangélicos modernos procuram encher suas igrejas de analfabetos bíblicos, convencendo-os que eles irão para o céu, simplesmente porque levantaram a mão e fizeram uma oração, como sinal de aceitação de Jesus como Salvador, e que Ele vai lhes dar o sucesso familiar, social e financeiro, se tiverem um nível de moralidade considerável e forem dizimistas fiéis; o que se constitui propaganda enganosa.

Muitos dizem não ter vergonha do evangelho, mas são uma vergonha para ele. A primeira geração de cristãos pós-modernos já está aí. São crentes que pouco ou nada sabem da Palavra de Deus e demonstram pouco ou nenhum interesse em conhecê-la. Cultivam uma espiritualidade egocêntrica, com nenhuma consciência missionária. Consideram tudo no mundo muito “normal” e não veem nenhuma relevância na cruz de Cristo. Acham que a radicalidade da fé bíblica é uma forma de fanatismo religioso impróprio e não demonstram nenhuma preocupação em lutar pelo que creem.

Você sabia que 80 á 90% das pessoas que “aceitam a Cristo” em trabalhos evangelísticos se “desviam” depois? O motivo de tudo isso tem sido esse evangelho centrado no homem que é pregado nos púlpitos, nas TVs e nas casas, onde o bem-estar e a prosperidade tem se tornado “mais valiosos” que o próprio sangue de Cristo. A graça já não basta mais (apesar dos louvores e acharmos Cristo tão meigo). O que nós realmente queremos é “o segredo” para sermos bem-sucedidos. Desejamos “uma vida com propósitos” para taparmos com peneira o vazio que sentimos. O Vazio de um espírito morto que somente Deus pode ressuscitar. Queremos “o melhor de Deus para nós” nesta vida, no lugar de tomarmos a nossa cruz e de negarmos a nós mesmos. Queremos conhecer “as leis da prosperidade” mais do que o Espírito de Santidade; e, para nos justificarmos, tentamos ser pessoas auto-motivadas e de alta performance, antes de sermos cristãos cuja alegria está em primeiro lugar Nele; e santos bem aceitos pelo mundo a despeito das Palavras de Jesus contrariar esse posicionamento.

A falha do evangelismo atual reside na sua abordagem humanista. Esse evangelho é francamente fascinado com o grande, barulhento, e agressivo mundo com seus grandes nomes, o seu culto a celebridade, a sua riqueza e sua pompa berrante. Para os milhões de pessoas que estão sempre, ano após ano, desejando a glória mundana, mas nunca conseguiram atingi-la, o moderno evangelho oferece rápido e fácil atalho para o desejo de seus corações. Paz de espírito, felicidade, prosperidade, aceitação social, publicidade, sucesso nos negócios, tudo isso na terra e finalmente, o céu. Se Jesus tivesse pregado a mesma mensagem que os ministros de hoje pregam, ele nunca teria sido crucificado. 

Hoje temos o espantoso espetáculo de milhões a ser derramado na tarefa de proporcionar irreligioso entretenimento terreno aos chamados filhos do céu. Entretenimento religioso é, em muitos lugares rápido meio de se esvaziar as sérias coisas de Deus. Muitas igrejas nestes dias tornaram-se pouco mais do que pobres teatros de quinta categoria onde se "produz" e mercadeja falsos “espetáculos” com a plena aprovação dos líderes evangélicos, que podem até mesmo citar um texto sagrado fora de contexto em defesa de suas delinquências. E dificilmente um homem se atreve a levantar a voz contra isso. 

A maioria dos crentes não acredita que a Bíblia diz o que está escrito: acreditam que ela diz o que eles querem ouvir. Contornar a Palavra de Deus e chamar os nossos desejos de direção divina, só leva à multiplicação do pecado. Há muitos vagabundos religiosos no mundo que não querem estar amarrados a coisa alguma. Eles transformaram a graça de Deus em libertinagem pessoal e muitas vezes coletiva. Se você crê somente no que gosta do evangelho e rejeita o que não gosta, não é no evangelho que você crê, mas, sim, em você mesmo. 

Ai de vocês que pregam seu falso evangelho, transformam a casa de Deus em comércio. Vendem seus CDs, vendem seus falsos milagres, vendem suas falsas unções, vendem falsas promessas de prosperidade, enquanto na verdade só vocês têm prosperado. Como escaparão do juízo que há de vir? 

"Ao ouvirem isso, muitos dos seus discípulos disseram: "Dura é essa palavra. Quem consegue ouvi-la?" Desde então muitos dos seus discípulos tornaram para trás, e já não andavam com ele. E dizia: Por isso eu vos disse que ninguém pode vir a mim, se por meu Pai não lhe for concedido." João 6:60;66-65

OBS: MANIFESTO DIVULGADO EM VÁRIOS BLOGS, EXTRAÍDO DO BLOG "AO ÚNICO DEUS VERDADEIRO" DE VICTOR SILVA.

segunda-feira, 1 de agosto de 2011

O SAUDÁVEL PONTO DE INTERROGAÇÃO QUE AMY NÃO EXPERIMENTOU


As perguntas são mais importantes do que as respostas. Sem perguntas não há respostas. A arte de fazer perguntas é a didática por excelência.

As perguntas podem fazer emergir a ignorância, o equívoco e a soberba, até então cuidadosamente escondidos. Podem causar uma bem-aventurada confusão mental temporária, necessária e terapêutica. Podem provocar pausa, introspecção e auto-análise. Podem abrir caminhos para mudanças profundas e definitivas, tanto no pensamento como na ação.

O livro O Princípio Esperança (Contraponto Editora), de Ernst Bloch (1885-1977), começa com cinco perguntas “secas, diretas e essenciais”: “Quem somos? De onde viemos? Para onde vamos? Que esperamos? O que nos espera?” A pessoa que der atenção a essas perguntas será ricamente  recompensada.

A pedagogia do questionamento é convincente nas Sagradas Escrituras. Deus não deu nenhum sermão ao homem logo após a queda. Apenas lhe fez perguntas. E que perguntas! Foram três: “Onde você está? Quem lhe disse que você estava nu? Você comeu do fruto da árvore da qual lhe proibi comer?”

Deus usou a mesma didática com Caim, antes de ele matar Abel: “Por que você está furioso? Por que se transtornou o seu rosto? Se você fizer o bem, não será aceito?” Depois de Caim ter rejeitado o caminho do bem e assassinado o irmão, veio a pergunta: “Onde está seu irmão Abel?” (Gn 4.6-9.)

O profeta Jonas foi sabatinado à exaustão. A tripulação do navio que o levava a Társis quase o sufocou com tantas perguntas: “Quem é o responsável por esta calamidade [o mar revolto]? Qual é a sua profissão? De onde você vem? Qual é a sua terra? A que povo você pertence? O que foi que você fez? O que devemos fazer com você, para que o mar se acalme?” (Jn 1.8-11).

As perguntas bem feitas e curativas em geral são altamente desconcertantes. Jesus era mestre nas perguntas incômodas. Ele fechava a boca dos outros e os deixava envergonhados manobrando com jeito o ponto de interrogação. Ao único leproso que voltou para agradecer a bênção da cura, o Senhor perguntou: “Não foram purificados todos os dez? Onde estão os outros nove? Não se achou nenhum que voltasse e desse louvor a Deus, a não ser este estrangeiro?” (Lc 17.17-18). Aos apóstolos que discutiam entre si para saber qual deles era o maior, Jesus fez apenas uma “inocente” pergunta: “O que vocês estavam discutindo no caminho?” (Mc 9.33.)

Além das perguntas contidas nas Escrituras e das perguntas que pessoas inteligentes e caridosas nos fazem, nós mesmos podemos nos perguntar muitas coisas, para o nosso próprio bem, a exemplo do teólogo alemão Dietrich Bonhoeffer, que se opôs ao nazismo e morreu enforcado pelo regime exatamente há 60 anos: “Quem sou eu? Este ou aquele? Sou hoje este e amanhã um outro? Sou ambos ao mesmo tempo? Diante das pessoas um hipócrita? E diante de mim mesmo um covarde queixoso e desprezível?”

Martyn Lloyd-Jones também fez algumas perguntas embaraçosas, como: Qual o nosso desejo supremo? Procuramos resultados terrenos e carnais? Temos sede e fome de quê? De riqueza, dinheiro, categoria, posição, publicidade?

Certamente Amy Winehouse se fez algumas perguntas ao longo dos seus 27 anos. Talvez, ela não conseguiu fazer perguntas que a levasse ao encontro com a realidade metafísica, revelada nas Escrituras, assim ficou presa no seu entorpecimento alucinatório terrenal. A morte foi um detalhe, quando comparada a morte eterna sob a ira divina eterna.