Senhores Atenienses, Ouçam!

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domingo, 24 de julho de 2011

IRONIA - NADA MAIS DO QUE IRONIA

Morris Cerullo

Antes de tudo quero pedir perdão aos meus amigos ortodoxos e fundamentalistas (no sentido de amar o que está escrito na Bíblia e não no sentido de tradicionalismo. Quando eu usar essa expressão, esse será o sentido). Perdoem-me por durante tanto tempo tê-los deixado enganados, mas preciso pregar para vocês a verdade. A verdade é que fomos salvos para sermos ricos e não para vermos a face do grande Rei.

Quero alertá-los para tomarem muito cuidado com a Bíblia, para que usá-la se temos revelações modernas do mesmo nível das que estão na Bíblia? Para que usar a Bíblia se doutrinas maravilhosas e que tem trazido tanta edificação não estão nas páginas da Bíblia? Tomem cuidado com a Bíblia. A Bíblia não traz mandamentos acerca de batalha espiritual, não nos ensina fazer mapeamento espiritual, não nos ensina a jogar óleo de helicóptero em determinada cidade, não nos ensina a quebrar maldições hereditárias, não nos ensina que o G12 é o modelo para o milênio, a Bíblia está defasada. Os cristãos primitivos não tiveram o nível de revelação que se tem tido nesses dias.

Vou te contar uma coisa meu irmão e por favor, conte para todos seus conhecidos. Você sabe por que Deus permitiu que Jó perdesse tudo? Não foi para que ele fosse provado como se alega. Na verdade o escritor do livro de Jó não queria contar para não sujar a imagem de Jó, mas ele passou por isso tudo porque não fazia “sacrifícios” de fé, só dava a oferta e o dizimo, mas não fazia sacrifícios. Que tipo de crente é esse ? Jó era um crente sem fé.

Você sabe qual o pior apóstolo bíblico? Que pena, você não tem lido a Bíblia! O pior apóstolo não foi Judas, mas sim Paulo. Paulo era um homem sem fé, não tinha metade da revelação que temos. Paulo foi preso ao libertar uma advinha das garras do diabo (At 16), simplesmente por não ter DECRETADO sua liberdade! Por que você acha que os judeus planejavam matar Paulo? Simplesmente, porque ele ainda não conhecia o verdadeiro evangelho! Por que o navio, no qual Paulo estava, naufragou? Porque ele antes de sair de casa não disse “Eu Decreto que o navio não vai afundar”, ele deve ter se esquecido que as palavras tem poder! Por que será que uma cobra mordeu Paulo (At 28:1-3)? A cobra o mordeu porque ele se esqueceu do Salmo 91 que diz “pisarás o leão e a áspide/cobra...”! Porque Paulo passou fome e necessidades (Fl 4:11-13)? Porque ele se esqueceu que temos direito d e ”comer o melhor dessa terra”.

Porque Timóteo tinha problemas no estômago? É pelo simples fato de ele não ter tido aulas com Kenneth E. Hagin, se ele tivesse estudado no instituto Rhema, teria aprendido, até mesmo, repreender o vento. Aleluia!

Sinceramente, não sei como pude ser ortodoxo e um cristão pentecostal fundamentalista por tanto tempo. A nossa Bíblia não é capaz de nos ensinar muitas coisas, então, o segredo é usar os livros de Kenneth E. Hagin, Neuza Itioka, Rebeca Brown e C. Peter Wagner. Que tristeza! Estou até agora chocado com a dura realidade que se apresenta a mim! Eu, durante toda minha vida fui enganado pelo evangelho 100% bíblico, quando tudo que eu devia fazer nesse novo milênio era aceitar TUDO o que os santos apóstolos tem a dizer. Que Deus tenha misericórdia de mim!

O irmão neopentecostal não gostou da minha ironia? Problema é seu! Não assinei contrato algum que me obrigasse a falar aquilo que você gosta. Se você quiser continuar aceitando as espúrias doutrinas neopentecostais fique a vontade.

OBS: Extraído do blog "Pelas Escrituras" Semeando a Palavra. Uma ironia ao neo-pentecostal Morris Cerullo, quanto as suas práticas de mercadejar o evangelho.

quinta-feira, 14 de julho de 2011

OS HEREGES ARMINIAMOS SEMPRE EXISTIRÃO


Silas Malafaia, Joanib Palharim, R.R. Soares, Edir Macedo, Robson Rodovalho e tantos outros, o que existe de comum entre estes homens? São todos HEREGES! A heresia parece que é verdade, mais não é, estes homens abraçaram a teologia ARMINIANA, esta teologia é uma negação da saudável teologia CALVINISTA REFORMADA,  os arminianos negaram a doutrina reformada calvinista, e desenvolveram os cinco pontos do arminianismo, o que é na verdade a negação da doutrina reformada das Escrituras Sagradas, segue abaixo um informativo histórico e depois um comparativo.

Jacobus, Arminius, nome verdadeiro Jacob Harmensen, Hermansz, ou ainda Harmenszoon (1560-1609), holandês, teólogo e ministro da Igreja Reformada Holandesa que se opôs ao dogma da predestinação e desenvolveu sua própria doutrina conhecida depois como arminianismo. Seu pai faleceu quando Arminius era criança; dois benfeitores custearam seus estudos sucessivamente na escola primária e depois nas universidades de Leiden (1576-1582), Basel e Geneva (1582-1586). Foi ordenado em Amsterdã em 1588, onde se casou. Em 1603 Arminius foi convidado para uma cadeira de teologia em Laiden, que ele manteve até sua morte. Pôs-se contra seu colega Franciscus Gomarus, o qual pregava que aqueles eleitos para a salvação já estavam escolhidos por Deus antes da queda de Adão. Essa predestinação, - dogma professado pelo Calvinismo mais radical -, não deixava espaço para a misericórdia de Deus, nem para a vontade humana para alcançar a salvação. Então Arminius passou a afirmar uma eleição condicional, na qual a oferta divina da salvação poderia ser ou não afetada pela vontade livre do homem. Após sua morte alguns de seus seguidores deram apoio a suas teses assinando a "Remonstrance", um documento teológico, assinado em 1610, por 45 ministros e submetido aos Estados Gerais. O ponto crucial do arminianismo é que a dignidade humana requer uma total liberdade de vontade. O arminianismo remonstrante foi debatido em 1618-1619 no sínodo de Dordrecht, uma assembléia da Igreja Reformada Holandesa no qual todos os delegados eram seguidores de Gomarus. O arminianismo foi desacreditado e condenado pelo sínodo, os arminianos presentes foram expulsos, e muitos outros sofreram perseguição. Em 1629, no entanto, os trabalhos de Arminius (Opera theologica) foram publicados pela primeira vez em Leiden.   

CALVINISMO X ARMINIANISMO

Arminiano

LIVRE-ARBÍTRIO OU HABILIDADE HUMANA

Embora a natureza humana tenha sido gravemente afetada pela Queda, o homem não foi deixado em um estado de total incapacidade espiritual. Deus graciosamente capacita cada pecador a se arrepender e crer, mas Ele não interfere na liberdade do homem. Cada pecador possui uma vontade livre e seu eterno destino depende de como ele a utiliza. A liberdade do homem consiste em sua habilidade de escolher o bem, em lugar do mal, nos assuntos espirituais. A vontade do homem não está escravizada à sua natureza pecaminosa. O pecador tem o poder de cooperar com o Espírito de Deus e ser regenerado ou de resistir a graça de Deus e perecer eternamente. O pecador perdido necessita da assistência do Espírito de Deus; todavia, ele não tem de ser regenerado pelo Espírito Santo, antes que seja capaz de crer, pois a fé é um ato humano e precede o novo nascimento. A fé é o dom do pecador para Deus; é a contribuição do homem para a sua salvação.

Calvinista

DEPRAVAÇÃO TOTAL OU INCAPACIDADE TOTAL

Por causa da Queda, o homem é por si mesmo, incapaz de crer de maneira salvífica no evangelho. O pecador está morto, cego e surdo para as coisas de Deus; seu coração é enganoso e desesperadamente corrupto. Sua vontade não é livre, está em escravidão à sua natureza pecaminosa; por isso, ele não escolhe — e realmente não pode escolher — o bem, ao invés do mal. Consequentemente, é necessário muito mais do que apenas a assistência do Espírito Santo, para trazer um pecador a Cristo; é necessário acontecer a regeneração por meio da qual o Espírito Santo vivifica o pecador e lhe dá uma nova natureza. A fé não é algo que o homem contribui para a sua salvação; pelo contrário, é uma parte do divino dom da salvação. A fé é um dom de Deus outorgado ao pecador, não é um dom do pecador para Deus.

Arminiano

ELEIÇÃO CONDICIONAL

Deus escolheu certos indivíduos para a salvação, antes da fundação do mundo, fundamentado em sua previsão de que eles atenderiam a chamada divina. Deus selecionou aqueles que Ele sabia creriam, por si mesmos, espontaneamente, no evangelho. A eleição, portanto, foi determinada ou condicionada ao que o homem faria. A fé que Deus viu antecipadamente e sobre a qual Ele fundamentou sua eleição não foi dada por Deus ao pecador (nem criada pelo poder regenerador do Espírito Santo); foi o resultado exclusivo da vontade humana. Foi deixado inteiramente ao homem aquilo que diz respeito a quem haveria de crer e, deste modo, quem seria eleito para a salvação. Deus escolheu aqueles que Ele sabia escolheriam a Cristo, por sua livre vontade. Assim a escolha do pecador por Cristo, e não escolha de Deus pelo pecador, é a causa essencial da salvação.

Calvinista

ELEIÇÃO INCONDICIONAL

Deus escolheu certos indivíduos para a salvação, antes da fundação do mundo, fundamentado tão-somente em sua vontade soberana. A escolha divina de alguns pecadores em particular não se baseou em qualquer resposta de obediência por parte do pecador, vista por antecipação, tal como a fé, o arrependimento, etc. Deus outorga a fé e o arrependimento a cada pessoa que Ele mesmo escolheu. Esses atos são o resultado e não a causa da eleição divina. A eleição, portanto, não foi determinada pela escolha ou condicionada a qualquer qualidade virtuosa vista de antemão no homem. Aqueles que Deus escolheu soberanamente, Ele os traz a aceitarem voluntariamente a Cristo, por intermédio do poder do Espírito Santo. Deste modo, a escolha do pecador por parte de Deus, e não a escolha de Cristo por parte do pecador, é a causa essencial da salvação.

Arminiano

REDENÇÃO UNIVERSAL OU EXPIAÇÃO GERAL

A obra redentora de Cristo tornou possível que cada homem seja salvo, mas não assegura realmente a salvação de ninguém. Embora Cristo tenha morrido por todos os homens e em favor de cada indivíduo, somente aqueles que crerem nEle serão salvos. A morte de Cristo capacitou Deus a perdoar pecadores sob a condição de que creiam, mas realmente não remove os pecados deles. A redenção realizada por Cristo torna-se eficaz apenas se o homem decidir aceitá-la

Calvinista

REDENÇÃO PARTICULAR OU EXPIAÇÃO LIMITADA

A obra redentora de Cristo tinha o propósito de salvar apenas os eleitos e realmente assegurou a salvação para eles. A morte de Cristo foi um suportar vicariamente a penalidade do pecado, em lugar de certos pecadores específicos. Além de remover os pecados de seu povo, a redenção de Cristo assegura tudo que é necessário à salvação deles, incluindo a fé que os une a Cristo. O dom da fé é aplicado de maneira infalível pelo Espírito Santo a todos aqueles em favor dos quais Cristo morreu, garantindo, deste modo, a salvação deles.

Arminiano

O ESPÍRITO SANTO PODE SER EFICAZMENTE RESISTIDO

O Espírito Santo chama de maneira íntima todos aqueles que são chamados exteriormente através do convite do evangelho. Ele faz tudo o que pode para trazer o pecador à salvação. Mas, visto que o homem é livre, ele pode resistir com sucesso a chamada do Espírito Santo. O Espírito Santo não pode regenerar o pecador, enquanto este não crer; a fé (que é a contribuição do homem) precede e torna possível o novo nascimento. Assim, a vontade do homem limita o Espírito Santo na aplicação da obra salvífica de Cristo. O Espírito Santo só pode atrair a Cristo aqueles que permitirem que Ele realize sua obra. Até que o pecador responda favoravelmente, o Espírito Santo não pode lhe dar vida. Por conseguinte, a graça de Deus não é invencível; ela pode ser, e com frequência o é, resistida e frustrada pelo homem.

Calvinista

A GRAÇA EFICAZ (OU IRRESISTÍVEL)

Em complemento da chamada externa e geral para a salvação, chamada dirigida a todos que ouvem o evangelho, o Espírito Santo estende aos eleitos uma chamada interior e especial que inevitavelmente os traz à salvação. A chamada interior (dirigida tão somente aos eleitos) não pode ser resistida; sempre resulta em conversão. Por intermédio dessa chamada especial, o Espírito Santo atrai de maneira irresistível o pecador a Cristo. Ele não é limitado pela vontade humana em sua obra de aplicar a salvação; tampouco depende da cooperação do homem para ser bem-sucedido. O Espírito Santo leva graciosamente o pecador eleito a cooperar, a crer, a arrepender-se, a vir espontânea e livremente a Cristo. A graça de Deus, portanto, é invencível; ela nunca falha em resultar na salvação daqueles a quem ela é estendida.

Arminiano

CAIR DA GRAÇA

Aqueles que creem e são verdadeiramente salvos podem perder a sua salvação, por deixarem de preservar a sua fé, etc. Todos os arminianos não concordam nesse ponto; alguns afirmam que os crentes estão eternamente seguros em Cristo e que, tendo sido regenerados, eles não podem ser mais perdidos.

Calvinista

PERSEVERANÇA DOS SANTOS

Todos os que são eleitos por Deus, redimidos por Cristo e recebem a fé por intermédio do Espírito Santo são eternamente salvos. Eles são guardados na fé pelo poder do Deus todo-poderoso e, deste modo, preservados até ao final.
 

sábado, 9 de julho de 2011

Por que estou Comprometido em Ensinar a Bíblia

Pregue a Palavra

Os pastores de nossos dias sofrem tremenda pressão para fazerem tudo, exceto pregar a Palavra. Eles são instruídos pelos eruditos do Movimento de Crescimento de Igreja que têm de alcançar as “necessidades sentidas” dos ouvintes. São encorajados a se tornarem contadores de histórias, comediantes, psicólogos e preletores que motivam. São aconselhados a evitarem assuntos que os ouvintes acham desagradáveis. Muitos já abandonaram a pregação bíblica em favor de mensagens devocionais que têm o objetivo de fazer as pessoas sentirem-se bem. Alguns têm substituído a pregação por dramatização e outras formas de entretenimento.

Mas o pastor cuja paixão é completamente bíblica tem apenas uma opção: “Prega a palavra, insta, quer seja oportuno, quer não, corrige, repreende, exorta com toda a longanimidade e doutrina” (2 Tm 4.2).

Quando Paulo escreveu essas palavras a Timóteo, ele acrescentou este aviso profético: “Pois haverá tempo em que não suportarão a sã doutrina; pelo contrário, cercar-se-ão de mestres segundo as suas próprias cobiças, como que sentindo coceira nos ouvidos; e se recusarão a dar ouvidos à verdade, entregando-se às fá- bulas” (vv. 3,4).

Com certeza, a filosofia de ministério do apóstolo Paulo não incluía a teoria de “dar às pessoas o que elas desejam”. Ele não instou Timóteo a realizar uma pesquisa a fim de descobrir o que as pessoas queriam; mas ordenou que ele pregasse a Palavra, com fidelidade, repreensão e paciência.

Na verdade, ao invés de insistir que Timóteo idealizasse um ministério que acumularia elogios do mundo, Paulo advertiu o jovem pastor a respeito de sofrimentos e dificuldades! O apóstolo não estava ensinando Timóteo sobre como ser bem-sucedido; estava encorajando-o a seguir o padrão divino. Paulo não o estava aconselhando a buscar prosperidade, poder, popularidade ou qualquer outro conceito mundano de sucesso. O apóstolo instava o jovem pastor a ser bíblico, apesar das conseqüências.

Pregar a Palavra nem sempre é fácil. A mensagem que somos exigidos a pregar é, com freqüência, ofensiva. O próprio Senhor Jesus é uma pedra de tropeço e uma rocha de escândalo (Rm 9.33; 1 Pe 2.8). A mensagem da cruz é uma pedra de escândalo para alguns (1 Co 1.23; Gl 5.11) e loucura para outros (1 Co 2.3).

Não temos permissão para embelezar a mensagem ou moldá-la de acordo com as preferências das pessoas. O apóstolo Paulo deixou isto claro, ao escrever a Timóteo: “Toda a Escritura é inspirada por Deus e útil para o ensino, para a repreensão, para a correção, para a educação na justiça” (2 Tm 3.16). Esta é a mensagem a ser proclamada: todo o conselho de Deus (At 20.27).

No primeiro capítulo de sua segunda carta a Timóteo, Paulo lhe dissera: “Mantém o padrão das sãs palavras que de mim ouviste” (2 Tm 1.13). O apóstolo se referia às palavras reveladas por Deus nas Escrituras — todas elas. Paulo instou Timóteo a guardar o tesouro que lhe havia sido confiado. No capítulo seguinte, o apóstolo aconselhou Timóteo a estudar a Palavra e manejá-la bem (2 Tm 2.15). E, no capítulo 3, Paulo o aconselhava a proclamá-la. Deste modo, todo o ministério de um pastor fiel gira em torno da Palavra de Deus — manter, estudar e proclamar.

Em Colossenses, Paulo, ao descrever sua própria filosofia de ministério, escreveu: “Da qual me tornei ministro de acordo com a dispensação da parte de Deus, que me foi confiada a vosso favor, para dar pleno cumprimento à palavra de Deus” (Cl 1.25). Em 1 Coríntios, ele foi um passo além, afirmando: “Eu, irmãos, quando fui ter convosco, anunciando-vos o testemunho de Deus, não o fiz com ostentação de linguagem ou de sabedoria. Porque decidi nada saber entre vós, senão a Jesus Cristo e este crucificado” (1 Co 2.1-2). Em outras palavras, seu objetivo como pregador não era entreter as pessoas com um estilo retórico ou diverti-las com esperteza, humor, novos pontos de vistas ou metodologia sofisticada; o apóstolo simplesmente pregou a Cristo.

A pregação e o ensino fiel da Palavra de Deus têm de ser o âmago de nossa filosofia de ministério. Qualquer outra filosofia de ministério substitui a voz de Deus pela sabedoria humana. Filosofia, política, psicologia, conselhos despretensiosos, opiniões humanas jamais são capazes de fazer o que a Palavra de Deus faz. Essas coisas podem ser interessantes, informativas, entreter as pessoas e, às vezes, serem úteis, mas elas não constituem o objetivo da igreja. A tarefa do pregador não é ser um canal para a sabedoria humana; ele é a voz de Deus para a igreja. Nenhuma mensagem humana tem o selo da autoridade divina — somente a Palavra de Deus. Como ousa qualquer pregador substituí-la por outra mensagem? Sincera-mente, não entendo os pregadores que estão dispostos a abdicarem deste solene privilégio. Por que devemos proclamar a sabedoria dos homens, quando temos o privilégio de pregar a Palavra de Deus?

Seja Fiel, Quer Seja Oportuno, Quer Não

Nossa tarefa nunca se acaba. Não apenas temos de pregar a Palavra de Deus, mas também precisamos fazê-lo apesar das opiniões divergentes que nos rodeiam. Somos ordenados a nos mostrarmos fiéis quando esse tipo de pregação for tolerado e quando não o for.Encaremos esse fato: pregar a Palavra agora não é oportuno. A filosofia de ministério norteada por marketing, que está em voga no presente, afirma claramente que proclamar as verdades bíblicas está fora de moda. Exposição bíblica e teologia são vistas como antiquadas e irrelevantes. Essa filosofia de ministério declara: “As pessoas que freqüentam a igreja não querem mais ouvir a pregação da Palavra. A geração do pós-guerra simplesmente não agüenta ficar sentada no banco, enquanto à sua frente alguém prega. Eles são frutos de uma geração condicionada pela mídia e precisam de uma experiência de igreja que os satisfaça em seus termos”.

O apóstolo Paulo disse que o pregador excelente tem de ser fiel em pregar a Palavra, mesmo quando isso não está na moda. A expressão que ele utilizou “esteja pronto” (no grego, ephistemi) literalmente significa “permanecer ao lado”, retratando a idéia de prontidão. Era freqüentemente usada para descrever uma guarda militar, sempre a postos, preparada para o dever. Paulo estava falando sobre uma intensa prontidão para pregar, assim como a de Jeremias, o qual afirmou que a Palavra de Deus era como um fogo em seus ossos. Isto era o que Paulo estava exigindo de Timóteo: não relutância, e sim prontidão; não hesitação, e sim coragem; não mensagens que motivavam os ouvintes, e sim a Palavra de Deus.

Corrige, Repreende e Exorta

Paulo também deu a Timóteo instruções a respeito do tom de sua pregação. Ele utilizou duas palavras que têm conotação negativa e uma que é positiva: corrige, repreende e exorta. Todo ministério de valor precisa ter um equilíbrio entre coisas positivas e negativas. O pregador que falha em reprovar e corrigir não está cumprindo sua comissão.

Recentemente, ouvi uma entrevista no rádio com um pregador bastante conhecido por sua ênfase em pensamento positivo. Esse pregador tem afirmado em seus escritos que evita qualquer menção do pecado em suas pregações, porque ele acha que as pessoas, de alguma maneira, estão sobrecarregadas com excessiva culpa. O entrevistador perguntou-lhe como ele poderia justificar essa atitude. O pastor respondeu que bem cedo em seu ministério havia decidido focalizar as necessidades das pessoas e não atacar seus pecados.Entretanto, a mais profunda necessidade das pessoas é confessar e vencer seus pecados. Portanto, a pregação que não confronta e corrige o pecado, através da Palavra de Deus, não satisfaz a necessidade das pessoas. Falas sentirem-se bem e res ponderem com entusiasmo ao pregador. Mas isso não é o mesmo que satisfazer suas verdadeiras necessidades.

Corrigir, repreender e exortar é o mesmo que pregar a Palavra de Deus, pois estes são os ministérios que as Escrituras realizam – “Toda a Escritura é inspirada por Deus e útil para o ensino, para a repreensão, para a correção, para a educação na justiça” (2 Tm 3.16). Observe o mesmo equilíbrio de tom positivo e negativo. Repreensão e correção são negativos, ensinar e educar são positivos.

O tom positivo é crucial também. A palavra “exorta” é para kaleo, um vocábulo que significa “encoraja”. O pregador excelente confronta o pecado e, em seguida, encoraja os pecadores arrependidos a comportarem-se de maneira cor-reta. Ele tem de fazer isso, com “paciência e longanimidade” (2 Tm 4.2). Em 2 Tessalonicenses 2.11, Paulo falou sobre exortar, encorajar e implorar, “como um pai a seus próprios filhos”. Isto freqüentemente exige muita paciência e instrução. Todavia, o pastor excelente não pode negligenciar esses aspectos de sua vocação.

Não se Comprometa em Tempos Difíceis

Existe urgência no encargo de Paulo ao jovem Timóteo: “Haverá tempo em que não suportarão a sã doutrina; pelo contrário, cercar-se-ão de mestres segundo as suas próprias cobiças como que sentindo coceira nos ouvidos” (2 Tm 4.3). Esta é uma profecia que lembra aquelas que encontramos em 2 Timóteo 3.1 (“Sabe, porém isto: Nos últimos dias, sobrevirão tempos difíceis”) e 1 Timóteo 4.1 (“O Espírito afirma expressamente que, nos últimos tempos, alguns apostatarão da fé”). Este, portanto, é o terceiro aviso profético de Paulo advertindo Timóteo a respeito dos tempos difíceis que estavam por vir. Observe a progressão: o primeiro aviso dizia que viria o tempo em que as pessoas se apartariam da verdade. O segundo advertia Timóteo sobre o fato de que tempos perigosos estavam vindo à Igreja. E o terceiro sugere que viria o tempo em que haveria na igreja aqueles que não suportariam a sã doutrina e, em vez disso, desejariam ter seus ouvidos coçados.

Isso está acontecendo na Igreja hoje. O evangelicalismo perdeu sua tolerância em relação à pregação confrontadora. As igrejas ignoram o ensino bíblico sobre o papel da mulher na igreja, a homossexualidade e outros assuntos. O instrumento humano tem sobrepujado a mensagem divina. Esta é a evidência do sério comprometimento doutrinário. Se as igrejas não se arrependerem, esses erros e outros semelhantes se tornarão epidêmicos.

Devemos observar que o apóstolo Paulo não sugeriu que o caminho para alcançar nossa sociedade é abrandar a mensagem, de modo que as pessoas sintam-se confortáveis com ela. O oposto é verdade. Esse coçar os ouvidos das pessoas é uma abominação. Paulo instou Timóteo a estar disposto a sofrer por amor à verdade e continuar pregando a Palavra com fidelidade.

Um intenso desejo por pregação que causa coceira nos ouvidos tem conseqüências terríveis. O versículo 4 diz que essas pessoas “se recusarão a dar ouvidos à verdade, entregando-se às fábulas” (2 Tm 4.4). Elas se tornam vítimas de sua própria recusa em ouvir a verdade. “Se recusarão” está na voz ativa. As pessoas voluntariamente escolherão essa atitude. “Entregando-se às fábulas” está na voz passiva; descreve o que acontece a tais pessoas. Tendo se afastado da verdade, elas se tornam vítimas do engano. Ao se afastarem da verdade, tornam-se presas de Satanás.

A verdade de Deus não coça nossos ouvidos; pelo contrário, ela os golpeia e os queima. Ela reprova, repreende, convence; depois, exorta e encoraja. Os pregadores da Palavra têm de ser cuidadosos em manter esse equilíbrio.

Sempre houve nos púlpitos homens que reuniram grandes multidões porque eram oradores dotados, interessantes contadores de histórias e preletores que entretinham os ouvintes; tinham personalidades dinâmicas; eram perspicazes manipuladores das multidões, políticos populares, elaboradores de mensagens que estimulavam os ouvintes e eruditos. Esse tipo de pregador pode ser popular, mas não é necessariamente poderoso. Ninguém prega com poder, se não pregar a Palavra de Deus. Nenhum pregador fiel minimiza ou negligencia todo o conselho de Deus. Proclamar toda a Palavra – essa é a vocação de todo crente.

segunda-feira, 4 de julho de 2011

A FÉ DOS HUMANISTAS: CONCLUSÕES



Isto nos leva a perceber, como primeira conclusão, de que não existe uma verdadeira razão para que não haja um movimento em direção à união entre o catolicismo romano e o protestantismo liberal. Quando o arcebispo de Canterbury visitou o Papa, disse: “Já não há necessidade de nos estorvarmos um ao outro. Pois, se já não estamos um contra o outro, estamos um pelo outro, e assim podemos ser gloriosamente livres para estar juntos por Jesus Cristo e pela verdadeira unidade de Sua Igreja. Eu digo expressamente «unidade» e não «união», porque a união ou re-união se baseia numa reconciliação de jurisdições e autoridades. Porém, a unidade é só de espírito, e nesse espírito...podem entrar nas igrejas facilmente, e inclusive já estão entrando na atualidade“.

Isto é simplesmente um exemplo do que temos estado dizendo. O catolicismo romano e o novo protestantismo liberal descansam sobre a mesma base, e não existe nenhuma razão em absoluto, exceto com respeito a detalhes, para que não se unam. Qualquer conceito de verdade absoluta foi expulso em ambos campos.

Os escritos de um homem como o jesuíta norte-americano John Courtney Murray devem ser entendidos nessa estrutura. Ele e seus colegas estão instando para que os EE.UU., e também os países do Norte da Europa de tradição reformada, comecem a se desenvolverem sobre a base do conceito católico-romano de “lei natural”. Os católico-romanos instam nisto porque afirmam, com bastante razão, que os EE.UU. (como toda a cultura norte-européia) não têm ainda uma base, ou consenso, sobre o que fazer nos domínios da moral social, do direito, do governo, etc. Nisto tem razão quem pensa como Murray; porém o motivo pelo qual os EE.UU. e demais países mencionados não têm ainda uma base ou consenso para atuar, é que, tendo renunciado ao que a Reforma ensinou, tornaram-se abruptamente humanistas, e não têm absolutamente ao que se referir, ou sobre o que fundamentar suas ações.

Porém, o conceito católico-romano de lei natural é igualmente humanista e sem um absoluto em relação ao qual atuar. Temos visto que o humanismo entrou no sistema católico-romano a partir de Constantino, e especialmente que o catolicismo romano liberal moderno é devastadoramente humanista. O mesmo J.C. Murray reconhece tudo isso quando diz que a noção de lei natural é pré-cristã, anterior até mesmo aos antigos gregos, e que foi Tomás de Aquino que modelou e poliu este conceito. Isto está especificamente relacionado com as pinturas de Rafael e Miguel Ângelo no Vaticano. Faz parte do intento católico-romano para alcançar a síntese entre o pensamento humanista e o bíblico; e no âmbito do governo, o direito e a moral social, deve finalmente dar como resultado sempre conclusões humanistas e, portanto, relativas. Assim, por exemplo, a revista “Time”, de 12 de dezembro de 1960, tratando sobre o conceito de lei natural que sustenta John C. Murray, disse: “O critério de bom e mal deve ser achado na natureza do homem; o homem é — de maneira natural — um ser social; e por isso, o bem da sociedade é o do homem. O robô, por exemplo, é mal porque subverte a base da vida social, já que faz alguma mal, no terreno privado, a outro. Quando há conflito entre a satisfação das necessidades naturais, o racional (e por isso, legal) é subordinar a mais baixa à mais alta. Assim, a auto-conversação é algo bom; porém, a oposição arriscando a própria vida quando a exige o bem da sociedade, é algo mal”.

Do ponto de vista bíblico, o pecado é tal porque é contra Deus, não porque seja contra a sociedade. Quando prejudicamos a um ou vários homens é pecado, não porque tenhamos lhes prejudicados, mas porque lhes ocasionar danos contradiz a existência, o caráter e a lei de Deus. Assim, pois, o sistema bíblico é não-humanista , e absoluto. Porém, o sistema católico-romano é humanista e relativo, primeiro em sua teologia — inclusive em sua visão de Deus —, e logo em sua aplicação prática da lei natural. O conceito católico-romano de lei natural é parte da “sistemática síntese” de que fala Argan quando trata da arte de Rafael.

Na teologia católica-romana achamos uma linha ininterrupta entre o homem tal como foi criado, o homem pecador, e o homem redimido. No pensamento católico-romano a queda do homem não foi realmente total; e a salvação consiste unicamente na adição de uma justiça infundida no indivíduo. Esta linha ininterrupta é a base de seu conceito de lei natural. O ensinamento bíblico é radicalmente diferente: existe um rompimento total na queda de homem, e outra vez o mesmo na justificação. Por causa de tal queda, o homem permaneceu verdadeiramente morto. Na justificação, este passa do estado de verdadeira morte para o de vida real. Segundo a Sagrada Escritura, o homem, depois de sua queda, ainda é verdadeiramente “imagem” de Deus, no sentido de que permanece como criatura moral e racional. Ser uma criatura moral e racional depois da queda quer dizer, segundo a Bíblia, três coisas:

I. — O homem não redimido, todavia, pode desejar significância porque se acha ainda no universo para o qual foi criado; ela ainda é moral e racional. O pintor não redimido ainda pode pintar, o que ama ainda pode amar, etc.

II. — Como diz Romanos 1:19-20, o fato de que o homem permanece como um ser moral e racional o condena, porque dentro de si, em sua consciência, e na criação que o rodeia, tem testemunhas que lhe dizem que vivemos num universo moral-pessoal e que há um Criador. O fato de que o homem não redimido tenha uma consciência que o condena, está relacionado com o de que continua sendo um ser moral. O fato de que deveria ser capaz de pensar e saber, por causa da criação que o rodeia, que há um Deus, está relacionado com o de que continua sendo um ser racional. Que tenha ainda uma consciência, que continue amando, que continue anelando e buscando a beleza, o condena, porque estas coisas lhe indicam e deveriam levar-lhe numa direção exatamente oposta à que constitui a conclusão lógica de toda crença não cristã. A conclusão lógica de todas elas é que o universo é impessoal e amoral.

III. — Que o homem seja ainda um ser moral e racional e, portanto, não uma máquina, estabelece uma situação em que pode ouvir o Evangelho, e começar a refletir.

Porém na queda, o homem morreu. A força do existencialismo secular consiste em que reconhece e afirma que o homem está morto. Os existencialistas estão de acordo com a Bíblia neste ponto básico. Contudo, esta nos diz o porque o homem se acha nesta condição, e nos dá o remédio para a mesma. O homem foi criado com o propósito de que amasse a Deus com todo o seu coração, com toda sua alma e com toda sua mente, e havendo-se rebelado, é culpado, e está morto e sem propósito. Depois da queda histórica no Éden, a culpabilidade do homem lhe separa totalmente de Deus, e todas as relações secundárias estão pervertidas — as relações do homem consigo mesmo, com os demais, e com a criação —. A noção bíblica é absolutamente diferente da opinião de que existe uma linha ininterrupta, através da queda, desde a criação até a salvação. O homem, em sua rebelião contra Deus, destruiu o propósito primário para o qual foi criado e, portanto, todas as coisas estão pervertidas. De acordo com a noção bíblica, o homem se torna, na salvação, sobre a base da obra consumada de Cristo, uma nova criatura nEle, e, ainda que não de modo perfeito nesta vida, porém todavia real, todas as relações secundárias ocupam assim seu lugar devido. Em outras palavras: segundo a mente da Escritura, um humanismo não-regenerado não chega a ser humano e conduzirá ao infra-humano em todos os aspectos da vida, incluindo um consenso para a moral, o direito ou o ponto de vista social. Assim, pois, edificar sobre o conceito católico-romano de lei natural, ou sobre qualquer outro conceito humanista não-regenerado, é construir sobre o que conduzirá a algo que está por baixo da verdadeira humanidade, e que reduz progressivamente o homem à condição de máquina ou animal.

Ou, para dizer de outro modo: sendo a Igreja Católica Romana basicamente humanista, deve tratar sempre com o relativo, isto é, é o posto ao guardião do Absoluto, seja no entendimento, seja na moral. Na noção bíblica, todos os elementos humanistas estão eliminados. Na do catolicismo romano, todos os elementos humanistas básicos estão presentes.

O homem vive hoje num vazio total, busca desesperadamente uma base, e o catolicismo romanos lhe está recomendando que aceita como tal seu conceito de lei natural. Este possui um atrativo especial para os intelectuais, porém quando é examinado, se vê que não é uma base absoluta de maneira alguma, e que na realidade está relacionado com todas as demais formas de humanismo que nos assediam. Existem o humanismo protestante liberal, o comum norte-americano, e o mais recente, o socialismo, elaborado pelo polaco Adam Schaff. Este último é a nova variedade comunista de humanismo. O humanismo católico-romano é só uma parte deste quadro, e não provê solução alguma — todas estas vozes juntas se acham no âmbito de um retorno do mundo humanista gentio ao que existia antes de Jesus Cristo, porém tanto mais grave visto que seus componentes são universais. Existe pouca possibilidade de revolução, e não lugar para onde ir.

A segunda conclusão

A segunda conclusão é, por conseguinte, que o catolicismo romano não difere basicamente, em relação ao consenso de lei natural que está oferecendo ao homem em seu dilema, das outras formas humanistas — como sua teologia, tão pouco difere no básico das demais concepções humanistas, sendo a base de tudo isso o fato de que o catolicismo romano adora a um Deus imperfeito — Aceitar o conceito católico-romano de lei natural é viver sem base absoluta, e isso pode acarretar tão somente como resultado que a arbitrária voz da igreja venha a ser a norma, como ocorreu antes da Reforma. Transladar-se do vazio do pensamento geral de nosso século ao pensamento católico-romano, com relação ao governo, o direito, a sociedade, etc., é, no final da contas, passar só do vazio para outro vazio, sendo a norma a arbitrária e totalitária voz da igreja.

A Igreja primitiva e a Reforma, como temos visto, descansavam sobre duas colunas não humanistas, e na Reforma — quando um número suficiente de homens criam nestas coisas —, elas proviam uma base absoluta para a sociedade, o governo, o direito, etc. Porém agora que o mundo ocidental pós-cristianismo não crê ainda nestas coisas, não existe uma base, e o caminho que se segue conduz ao caos, ou ao totalitarismo em qualquer de suas manifestações. Isto é, segue-se esse caminho, a menos que Jesus Cristo volte, ou que de novo haja um número suficiente de homens que creiam e atuem nas e sobre as duas colunas não-humanistas tantas vezes mencionadas, e detenham essa marcha.

A terceira conclusão

A terceira conclusão é que os verdadeiros evangélicos devem permanecer sobre a base das duas colunas não-humanistas sem vacilar, ainda que isso signifique permanecer sozinhos. De outro modo, não constituiremos uma ajuda real na salvação de almas, e não seremos úteis na escuridão moral do século XX, quando o homem se torna progressivamente menos humano, tanto na vida privada como na pública, em ambos lados da Tela de Ferro. O cristianismo tem algo para dizer no século XX no que diz respeito ao direito, ao governo, à vida social, às artes, etc.; porém, não pode dizê-lo se compromete as duas colunas não-humanistas. Tudo isso significa permanecer tão claramente apartado do chamado católico-romano para com a lei natural, ou do chamado das conclusões sociológicas neo-ortodoxas nas pessoas de Brunner, Niebuhr, etc., como do humanismo popular norte-americano. Isto não pode se fazer na carne, senão que deve ser feito no poder do Espírito Santo, tomando acrescentada força no Senhor, conforme nosso complexo religioso-cultural se torna cada vez menos cristão. Em breves palavras, conforme vem a ser cada vez mais como o que circundava à Igreja primitiva. Porém, qualquer coisa que seja menos que o indicado, será finalmente a negação de nossa herança das duas colunas exclusivas não-humanistas, e nos fará ineficazes para ajudar tanto às pessoas individualmente, como à sociedade.