Senhores Atenienses, Ouçam!

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domingo, 31 de março de 2013

Por que procurais entre os mortos aquele que vive?


por Ana Isabel

Por que procurais entre os mortos aquele que vive? Assim falaram os anjos do Senhor às mulheres que foram visitar o lugar onde haviam sepultado Jesus, o Messias.
O sepulcro que guardava o corpo de Cristo estava vazio naquela manhã de domingo. A pedra foi removida. A morte não mais preenchia aquele lugar. Nenhum vestígio da suposta derrota vivida na sexta-feira anterior podia ser percebido. Nada naquele lugar podia atestar o padecimento e a morte do Messias.   
Revelações não faltaram ao povo de Israel sobre o sofrimento e a morte e ressurreição de Cristo. Desde Gêneses, foi dito à serpente “porei inimizade entre ti e a mulher, entre a tua descendência e o seu descendente. Este te ferirá a cabeça e tu lhe ferirás o calcanhar”. A palavra de Deus, através de seus profetas, também estabeleceu, ao longo dos anos em que foi escrito o velho testamento, os alicerces dessa certeza; pois, como registrou Isaías, “o zelo do Senhor dos Exércitos fará isto”. O próprio Jesus os legitimou e anunciou essa verdade na descrição do sinal de Jonas, “o Filho do homem passará três dias e três noites no coração da terra”.
No novo testamento, os discípulos compreenderam tais promessas e creram que Jesus falava a verdade. Simão Pedro mesmo o confirmou, quando revelou “Senhor, para quem iremos? Tu tens as palavras da vida eterna”.  
Desde a eternidade, tudo foi preparado e minimamente organizado para a morte e ressurreição de Cristo. Não havia motivo para qualquer sombra de dúvida a respeito desses eventos. O Messias, o perfeito, o cordeiro de Deus, Jesus, cumpriria cabalmente cada um dos planos do Altíssimo. E Ele o fez. Por isso, a pergunta dos anjos era tão retumbante: por que procurais entre os mortos aquele que vive? Ou ainda, por que não acreditar na palavra de Cristo, que revelou sua morte e ressurreição? Por que não confiar na infalibilidade de Jesus, cujo poder tantas vezes foi provado? Por que não descansar na promessa do Filho do Homem de vitória sobre a morte?    
A ausência de Jesus naquele sepulcro tinha um significado profundo na vida daquelas mulheres e nas do mundo inteiro. Ali estava a certeza de que teríamos o amanhã. Porque Jesus não estava entre os mortos, era assegurada a vida eterna para todo aquele que nele cresse. Naquela ausência estava garantida a nossa eternidade na presença de Deus, pois, a ressurreição de Cristo era o penhor da nossa própria. Era a concretização do plano de reconciliação de Deus com o homem, após a rebeldia praticada no Éden. Era a vitória sobre a morte que grassara a humanidade quando foi comido o fruto da árvore do conhecimento do bem e do mal.
Mas, a pergunta reverbera até hoje: por que procurais entre os mortos aquele que vive? A páscoa é comemorada, pela maior parte dos homens, de maneira absurdamente contrária ao seu verdadeiro significado. Em lugar de Jesus, o coelhinho da páscoa, os ovos de chocolate e o bacalhau da sexta-feira, que chamam santa. Em lugar de relembrar seu sacrifício na cruz e ressurreição, muito vinho faz os homens esquecerem o mais importante: Cristo crucificado. Tudo isso é nada mais que uma busca pela satisfação interior, que só Cristo pode dar. No entanto, estão procurando no lugar errado. Estão, anualmente, procurando entre os mortos aquele que vive.
Mas, ao contrário, temos que ter em mente sempre o sacrifício vicário do Servo do Senhor. A santa ceia, nossa páscoa, tem essa função. Em memória de Cristo, comemos o pão e bebemos o vinho. Gratos a Deus, pelo sacrifício de Jesus na cruz e por sua ressurreição. Por isso, podemos cantar, como diz uma música bem conhecida nossa, Porque Ele vive, posso crer no amanhã. Porque Ele vive, temor não há. Pois, eu bem sei, eu sei que a minha vida está nas mãos de meu Jesus, que vivo está.

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