A eleição retirou alguns do estado comum
Efésios 1.4
Nós não tínhamos nenhuma disposição em nossa existência que pudesse ter nos conduzido a Deus, estávamos totalmente debilitados e vivendo dissolutamente, sem nenhum senso de debilidade perante Deus, vivíamos como se não estivéssemos presos ao tempo, e que a morte fosse o resultado de uma reciclagem da alma para uma perfeição futura.
Não conhecíamos o verdadeiro sentido de existir, mas Paulo nos mostra que Deus de forma unilateral traz um relacionamento de concerto, porque antes da fundação do mundo Ele retirou alguns de um estado comum, onde todos estavam em um mesmo estado de putrefação da alma, onde o homem encontrava-se em um estado situacional de morte. A escolha de Deus chama o homem de um grupo com a mesma condição, que tem tudo em comum, um patamar igual de depravação total, e ativamente tira o homem dentro deste grupo comum, para fazer parte de um grupo selecionado, agora com uma condição, uma situação especial. Com isso podemos dizer que a segurança eterna do cristão não está arraigada no que ele fez ou faz, mas no lugar em que ele foi colocado, não por causa de virtudes pessoais, mas por prerrogativa divinas.
Quando Paulo ensina que fomos escolhidos nEle, ou seja, em Cristo antes da fundação do mundo, ele certamente anula qualquer pensamento de Deus em relação a méritos humanos. “A eleição é a raiz da salvação, não seu fruto”. Se Deus nos escolheu para que fôssemos santos, não nos escolheu porque previu que seríamos santos. Paulo ensina que o homem é agente passivo no desenvolvimento relacional no que diz respeito à salvação. Deus na eternidade olha para o problema de oquidão, na fissura, no abismo, no problema de infra-estrutura do homem e exerce o seu amor em Cristo.
Como disse George Wieltifield Cristo é tudo em todos e o homem não é nada, e o homem tem uma livre vontade que se exercida leva-o para o inferno, mas o homem não tem vontade para ir para o céu.
Aliás, a eleição não teria qualquer significado se Cristo não tivesse morrido na cruz, pois antes da fundação do mundo Ele já era o Representante o Fiador daqueles que seriam recolhidos. Cristo não é apenas o fundamento da Igreja, visto que a eleição é desde a eternidade, e realiza-se Nele, e podemos dizer que Ele é o fundamento eterno. (Em João 17: 24)
A eleição é em Cristo, Paulo elimina toda e qualquer consideração de obras meritórias de nossa parte, pois é exatamente como se ele dissesse: Desde que entre todos os filhos de Adão, o Pai Celestial não encontrou ninguém digno de sua eleição, Ele escolheu em Cristo membros para o seu corpo, pois não existia no homem dignidade para tal escolha.
O verbo grego aqui traduzido por “elegeu” ou “escolheu” ( Exelexato ), está 2º Pes.Sing. 1º Aor. Méd. de, (Eklegw) que é (Eklegomai) significando “Selecionando para si” ”. Ele tem como prefixo a preposição” ek “, que eqüivale a” a partir de “. E a voz média do verbo acrescenta o sentido de escolher por si mesmo. Nós fomos escolhidos antes do mundo ser criado. Esta escolha estava arraigada nas profundezas do ser de Deus. Nós não conduzimos, pelo contrário nós fomos conduzidos”.
Todos os homens encontravam-se em um mesmo estado, sem virtude, sem santidade, sem dignidade espiritual, espiritualmente esfacelado diante de Deus, mas a eleição proporcionou ao homem uma vida de dignidade que emana de Deus.
A glória de Deus é a finalidade mais elevada. À qual a nossa santificação está subordinada. Esta santificação deve ser diante de Deus, o que deve ser levado mais em conta não é o que somos pela avaliação dos homens, e sim, o que somos aos olhos de Deus.
Cristo orou : é por eles que eu rogo; não rogo pelo mundo, mas por aqueles que me deste, porque são Teus. Mas, Paulo não somente fala da escolha de Deus, que selecionou, chamou alguns de um grupo comum, e resolveu por si mesmo colocá-los em outra posição, na qual antes eles não se encontravam, mas ele continua dizendo que em amor nos predestinou para algo específico.
Nenhum comentário:
Postar um comentário