Se perguntássemos como surgiu tudo que existe, na tentativa de saber a origem de todas as coisas, chegaríamos à conclusão de que não parece haver uma resposta convincente para essa pergunta. Quer ver? Os cientistas dizem que tudo surgiu a partir de uma explosão, o famoso big bang. Essa explosão teria dado origem ao Universo e, conseqüentemente, a tudo o mais. Porém, poderíamos continuar perguntando: “E de onde surgiu o big bang?” Os próprios cientistas responderiam que o big bang surgiu do nada. Em outras palavras, para eles, a “causa primeira” foi o nada. O nada teria criado o tudo.
O crente, porém, responderia que, se tudo realmente surgiu de uma explosão, do big bang, como declaram os cientistas, então foi Deus quem criou essa explosão. Não é uma resposta melhor? Não para o cientista, que aproveitaria a deixa e perguntaria ao crente: “E de onde surgiu Deus?” É nessa hora que devemos responder o seguinte: “De lugar nenhum, pois Deus sempre existiu. Ao contrário do Universo, que teve necessariamente um início, início esse que vocês chamam de big bang”.
O meu objetivo ao escrever estas linhas é apresentar evidências para a declaração acima, qual seja, de que o Universo teve um início (seja esse início chamado ou não de big bang), enquanto que Deus sempre existiu.
Que o Universo teve início, pode ser provado pelo seguinte raciocínio: se o Universo fosse eterno, não poderia obviamente ter início e nem fim, já que essa é a característica fundamental de alguma coisa que seja eterna. Mas note que o Universo é composto de elementos materiais, e matéria deteriora. Logo, tem fim. Se tem fim, não é eterna, porque está presa ao tempo. E, se está presa ao tempo, também teve um começo, um início. Quanto a isso os cientistas não podem discordar, pois eles mesmos têm chamado esse início de big bang, a “grande explosão”. O interessante é que os cientistas são obrigados a admitir um início para o Universo por causa, dentre outras coisas, da chamada segunda lei da termodinâmica. A termodinâmica é o ramo da Física que estuda matéria e energia. Sua segunda lei diz que todos os elementos materiais têm um fim, justamente porque deterioram. Não é à toa que a segunda lei da termodinâmica também é conhecida como lei da entropia (entropia é a tendência ao estado de degradação, destruição). Você vê a lei da entropia agindo o tempo todo sobre seu carro, sua roupa e seu corpo, só para citar alguns exemplos.
Ora, a lei da causalidade, outra lei científica, diz que “tudo que teve um começo teve uma causa”, e a lei da causa e efeito, também lei científica, complementa a lei da causalidade quando diz: “A causa tem de ser maior do que o efeito”. Trocando em miúdos, algo complexo não pode surgir de algo simples. Assim como subentendemos, ao ver um dicionário, que um ser humano o produziu, pois, além de exigir um trabalho manual para sua confecção, também contém informações inteligentes, devemos subentender que, se o Universo teve um começo – algo que os próprios cientistas afirmam –, então ele teve uma causa (conforme nos ensina a lei da causalidade), e essa causa tem de ser “maior”, mais complexa do que o próprio Universo (de acordo com a lei da causa e efeito).
Uma causa mais complexa do que o Universo? Sim, porque, para ter criado o Universo do nada, tem de ser uma coisa – ou alguém – inimaginavelmente poderosa. Neste ponto devo acrescentar que realmente não pode ser “uma coisa”, pois qualquer um pode notar que o Universo segue um planejamento: há uma ordem sendo seguida pelos planetas, em movimentos de rotação e translação, e há estações que se alternam periodicamente; se formos citar apenas o homem, o funcionamento dos órgãos do corpo humano é um elemento mais do que suficiente para provar a tese de que há um
planejamento fora e dentro de nós. Se há planejamento, há um arquiteto que planejou. Se há planejamento, há uma mente inteligente que planejou (“coisas” não planejam; “energia” também não planeja). Logo, a causa primeira, mais complexa do que o Universo, só pode ser alguém assombrosamente inteligente.
Eu acrescentaria que esse ser inteligente tem interesse no ser humano, visto que não somente o criou, mas também o colocou em um lugar propício à sua sobrevivência. Se tivéssemos sido colocados na Lua, por exemplo, estaríamos mortos. Fomos colocados na Terra, e com recursos para nos alimentarmos, matarmos a sede, enfim. Para terminar, menciono a famosa teoria da relatividade, de Albert Einstein. Essa teoria afirma que matéria, espaço e tempo são elementos correlacionados, ou seja, são interdependentes. Você não pode ter um sem ter os outros. Isso significa que a matéria não foi criada sozinha, pois nasceu ocupando um espaço físico e sujeita ao tempo. Ora, deduzimos disso que a causa primeira, que criou a matéria, o espaço e o tempo deve, obrigatoriamente, ser imaterial (pois já existia quando criou a matéria, o que significa que não existia em uma forma material e, portanto, também não ocupava um espaço físico) e deve, obrigatoriamente, ser eterna (pois já existia quando criou o tempo).
Resumindo tudo que dissemos até aqui, a causa primeira é um ser mais complexo que o Universo; inimaginavelmente poderoso, assombrosamente inteligente, interessado no ser humano, imaterial e eterno. Quem se enquadra perfeitamente nessa descrição? Apenas Deus.
Excelente texto! Parabéns.
ResponderExcluirNossa missão como cristão é lutar contra o ateísmo que diz a todo momento que a crença em Deus é algo irracional.
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